Sobram robôs no mercado, mas falta gente que faça robôs
29/05/2015
O desemprego em alta, a saturação do mercado de trabalho, o excesso de mão de obra. Nada disso é problema para os robotistas: as vagas estão sobrando no setor. De acordo com informações divulgadas pelo Instituo Avançado de Robótica (IAR), a situação é uma consequência da falta de profissionais qualificados.
Em Curitiba, o ensino de robótica é disponibilizado pelos cursos de Engenharia de Controle e Automação (antiga Engenharia mecatrônica) pelo Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
O coordenador do curso na PUCPR, Ricardo Diogo, comenta sobre as competências de um profissional da área e considera a integridade o precursor da quantidade de vagas disponíveis no mercado: “Os alunos tem procurado fazer cursos de terceiro e quarto setor, procuram atuar na área de prestação de serviços e até em ONGS. Isso acaba afetando a demanda de entrada de alunos de engenharia”.
Entretanto, a defasagem está diminuindo. No ano passado a categoria atingiu o maior número de inscritos no vestibular da PUC, segundo o coordenador. O salário base do engenheiro de controle de automação parte de R$ 6.304, ou seja, de 8 salários mínimos. Já um técnico em mecatrônica que ganham uma média de R$ 2.500,00.
Além da remuneração, as diferenças entre o técnico e o graduado em engenharia são que o técnico trabalhará no concerto e manuseio das máquinas no chão de fábrica, mas não saberá integrá-las. Já o engenheiro consegue trabalhar na integração de todos os equipamentos.
A robótica é uma ciência especializada na construção de robôs. Essas máquinas são muito requisitadas dentro do atual cenário industrial.
De acordo com Diogo, não há como sustentar a demanda da industrial regional e internacional sem a utilização de robôs. Eles são capazes de ampliar em quatro vezes a produção, de fazer a manipulação de peças, soldagem, etc.
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